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Palestra do Chame mostra a estudantes de escola pública como quebrar ciclo de violência doméstica

Auditório da Escola Estadual Ana Libória, na zona Oeste de Boa Vista, lotado na tarde desta quinta-feira (16) e alunos atentos às informações da palestra sobre violência doméstica ministrada por uma equipe de multiprofissionais do Chame (Centro Humanitário de Apoio à Mulher), órgão da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR).

Ligado à Secretaria Especial da Mulher (SEM), o Chame tem buscado trabalhar o tema com a comunidade escolar, uma vez que os alunos são vistos como um grande potencial para quebrar as corriqueiras práticas de violência doméstica. São de três a quatro palestras por semana.

“São voltadas justamente aos estudantes, para que eles não sejam futuras vítimas ou mesmo agressores, no caso de violência doméstica familiar. É uma palestra de conscientização e prevenção. Abordamos temas multidisciplinares que envolvem a parte jurídica sobre a Lei Maria da Penha, a psicológica, como a mulher vítima enfrenta esse tipo de agressão, e a assistente social mostra como as mulheres podem quebrar esse ciclo, que é denunciando à rede de proteção”, explicou a advogada do Chame, Rayssa Veras.

O aluno Humberto Henrique Macedo, de 17 anos, avaliou a palestra como importante porque desde cedo vai conscientizando os jovens e ensinando o que é certo e errado. “Ensina também as mulheres a se prevenirem, a procurarem ajuda. Essa é uma situação bem difícil para elas porque, às vezes, se sentem impotente, como se nada pudessem fazer. Muitas vezes, pensam: ‘Ah, eu não posso contar com ninguém, tenho que sofrer calada e sozinha’, mas não é verdade. Então essas palestras estimulam a mulher a falar”, analisou.

Humberto já sabe o que fazer, caso se depare com uma situação de violência contra mulher. “Denunciaria, com certeza!”.

A aluna Melissa Togado, de 17 anos, contou que é frequente ouvir histórias de mulheres que sofrem violência dentro de casa. “Esse tipo de evento é bom para os adolescentes porque os ajudará a terem uma mente mais aberta e até a chegarem em alguém e falar o que é preciso fazer, caso esteja acontecendo alguma coisa dentro de casa, seja com a mãe, com a avó ou qualquer outra pessoa. É também uma forma de prevenção”, destacou.

A gestora da escola, Maria Luzia Pinheiro da Silva, disse que ressaltou esses temas são relevantes na comunidade escolar porque os alunos podem ser multiplicadores tanto no seio familiar quanto nos demais lugares de convivência.

“Eles levam essa conscientização para o âmbito familiar, mas principalmente para o círculo de amizade que têm, expandindo conhecimento, e todos saem ganhando”, avaliou.

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