O servidor público Fábio Almeida, que já concorreu ao Governo de Roraima pelo PSOL três vezes, decidiu sair do partido. Ele, que integra o PSOL tem 8 anos, começou a trabalhar com cargo comissionado na Funasa, onde trabalha na Funasa desde 1997 e tem uma formação bacana em História e Gestão Ambiental.
A saída não foi pacífica. O Diretório Estadual do partido emitiu nova oficial informando que a direção do partido tomou conhecimento que ele assumiu um cargo comissionado em órgão federal, o que faria ele ser afastado da direção do partido.
“Isso consequentemente resultaria em seu afastamento da Direção Estadual e Municipal de Boa Vista em que fazia parte. Essa decisão segue a Resolução Nacional do PSOL aprovada em dezembro de 2022 que afasta filiados do espaço de direção, preservando sua condição de membro oficialmente filiado ao PSOL, caso assumam cargos comissionados”.
Após notificação sobre a necessidade de afastamento, Fábio Almeida informou que iria sair do partido por desacordo com apoio do PSOL Nacional ao governo Lula e também como resposta a abertura unânime no Processo Nacional de Comissão de Ética do PSOL que pediu averiguação de fatos e denúncias envolvendo seu nome.
“Por desacordo com esses dois pontos, a desfiliação foi efetuada ainda no mês de março. Agradecemos imensamente a toda contribuição dada pelo companheiro ao PSOL. Sabemos que a luta por um mundo justo não irá cessar nem parar o PSOL e nem para o Camarada Fábio Almeida”
O estresse com a comissão de ética do partido, foi por conta de um procedimento disciplinar aberto contra ele por uma história de denúncia caluniosa, coisa que ele jura que não faz sentido.
Fábio fala em rompimento e perseguição
Ao Política Macuxi, Fábio confirmou sua saída oficial do PSOL e falou que não vai entrar em outro partido nem concorrer nas eleições de 2024. Ele disse que está sendo perseguido pelo partido.
“Como sou contra a aliança com o Lula quando fui o único candidato ao Governo de Roraima a pedir voto para ele? Quando muitos candidatos omitiram a relação com Lula.
Segundo não fui nomeado para cargo político. Fui nomeado para administrador substituto, ou seja exerço o cargo na ausência do titular, em um órgão onde 80% dos cargos de direção são exercidos por servidores efetivos, portanto, isso é ilação da direção. Agora me posicionei politicamente contra o adesismo do PSOL na política econômica do governo Lula, de princípios liberais. Lembro que ano passado o PSOL votou contra o arcabouço fiscal. Já em 31/01/2024 em uma resolução afirmou que o maior ganho do governo Lula foi a sua política econômica. Isso é degeneração programática, colocando eleições acima do programa partidário. “.
Quanto ao processo ele informou que consiste em uma ação da direção do PSOL que aprovou uma resolução contra um filiado por agressões contra uma companheira também do partido.
“Na comissão de ética nacional a maioria que dirige o partido nacionalmente e estadualmente resolveram no julgamento do caso abrir um processo contra minha pessoa por denunciação caluniosa. Agora olhe como houve denunciação caluniosa se o acusado foi sancionado? Como fui responsabilizado por denunciação caluniosa se o documento foi aprovado pela direção do partido? O pior é que em nenhum momento fui escutado por essa comissão de ética. Isso consiste apenas em um ato de perseguição por eu ser oposição as correntes da direção nacional e estadual. Esses 2 pontos foram o que me levaram a pedir minha desfiliação, junto a vários outros membros da direção estadual e municipal do partido”.
