Sessão na Câmara termina em confusão e troca de insultos; veja vídeo

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A sessão desta quarta-feira na Câmara Municipal de Boa Vista (CMBV) ficou marcada por uma briga acalorada entre os vereadores Dr. Ilderson e Vavá do Thianguá.

O motivo da confusão foi a manutenção do veto do prefeito Arthur Henrique ao Projeto de Lei nº 302/2022, que propunha a inclusão do ensino de jiu-jitsu nas escolas municipais como atividade extracurricular.

A confusão que terminou em gritaria e troca de insultos começou no plenário e se estendeu pelos corredores da câmara, com assessores e outros vereadores tentando evitar a agressão.

O veto foi mantido por uma diferença apertada de votos, 12 a favor e 10 contra, apesar das explicações do autor do projeto, Dr. Ilderson, de que a proposta não geraria despesas ao município por se tratar de uma atividade extracurricular.

O líder do prefeito na casa, vereador Zélio Mota, orientou pela derrubada do veto, citando um acordo firmado com os demais parlamentares.

Sorriso debochado

Após a votação, Dr. Ilderson visivelmente chateado com o resultado, percebeu que Vavá do Thianguá, que é da base aliada de Arthur estava com um sorriso debochado e em um acesso de raiva, levantou-se e ameaçou dar um soco no colega, xingando e falando palavrões.

Vavá revidou o ataque também se levantando e chamando para a briga e ambos foram contidos pelos demais vereadores presentes.

Enquanto a sessão tentava seguir normalmente, Vavá se aproximou do presidente Genilson Costa e mencionou o Conselho de Ética, gerando mais tensão no ambiente.

Dr. Ilderson retornou ao plenário minutos depois, mas a calmaria foi momentânea, pois Vavá novamente confrontou o colega que o havia chamado para briga.

No calor da discussão, um microfone aberto captou alguém chamando Vavá de “vagabundo”. Os vereadores acabaram deixando o plenário, seguidos pela maioria dos presentes, enquanto o vereador Nilson Bispo reclamava por não conseguir fazer uso da palavra.

O presidente Genilson Costa, visivelmente preocupado, encerrou a sessão às pressas e deixou o plenário correndo.

Nos corredores

Nos corredores da câmara, os insultos entre Vavá e Dr. Ilderson continuaram, e a situação só não chegou às vias de fato devido à intervenção de assessores e guardas municipais presentes no local.

Vídeos do incidente rapidamente se espalharam pelas redes sociais, gerando polêmica e repercussão entre os cidadãos.

A sessão tumultuada e a briga entre os vereadores marcam um episódio de grande tensão política na Câmara Municipal de Boa Vista, mostrando a fragilidade do ambiente político e a polarização de opiniões entre os parlamentares.

veja o vídeo:

Outro lado

O vereador Vavá do Thianguá em conversa com o Política Macuxi afirmou que em nenhum momento brigou .

“Ele quis me bater mas apenas fiquei quieto. Nós vivemos numa democracia onde o voto é livre e tem que saber perder e ganhar, receber um voto sim e um voto não e m nenhum momento eu briguei. As imagens são bem claras”

Em nota o vereador Ilderson afirmou que o que houve foi apenas uma divergência com o vereador Vavá do Thianguá em relação ao veto do Poder Executivo Municipal ao Projeto de Lei que Institui o Ensino de Jiu Jitsu nas unidades de ensino como atividade extracurricular.

“Os vereadores tinham acordado em derrubar o veto porque se trata de um benefício para a educação e para o esporte, além de que houve articulação com o próprio Prefeito de Boa Vista, Arthur Henrique, para que essa modalidade fosse implementada nas escolas de forma extracurricular, mas o vereador Vavá do Thianguá foi contra e estimulou outros vereadores a votarem pela manutenção do veto ao projeto de lei, atitude que prejudica milhares de pessoas. Não satisfeito, o parlamentar ainda agiu com zombaria e ameaças, o que me fez questionar a atitude do mesmo. É lamentável que o vereador tenha um posicionamento como esse dentro do parlamento em um ambiente que a democracia rege a base de atuação de cada nobre edil, mais lamentável ainda a atitude desrespeitosa com todos os profissionais do Jiu Jitsu e com as nossas crianças” concluiu o parlamentar, não se manifestando sobre os xingamentos e agressões.

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