A Comissão de Ética da Assembleia Legislativa de Roraima aprovou a cassação do mandato do deputado Jalser Renier (Solidariedade), conforme determinou relatório do deputado Jorge Everton.
A votação aconteceu na tarde desta terça-feira (22). Votaram a favor da cassação os deputados Catarina Guerra, Evangelista Siqueira e o próprio relator Jorge Everton. Somente a deputada Lenir Rodrigues votou não.
“Existe uma incompatibilidade entre o parlamento e o cargo que ele ocupa. A conduta desonrosa compromete o coletivo. A desonra dele reflete sobre a honra de todos. Todos os envolvidos estão presos, menos Jalser”
Próximos passos
Após passar pela comissão de ética, a cassação do mandato de Jalser foi deliberado na Comissão de Constituição e Justiça.
Com a aprovação do relatório, o plenário da assembleia vai votar a cassação durante sessão esta semana. Logo após a publicação no Diário Oficial da Assembleia, o relatório será posto em votação em Plenário.
Ausência
Apesar de ter sido convidado, o deputado Jalser Renier não compareceu na sessão.
A leitura do relatório do deputado Jorge Everton, demorou mais de 1h30. Quando a leitura foi finalizada teve reação nas galerias da Casa Legislativa.
O Sequestro
O sequestro do jornalista Romano dos Anjos, de 40 anos, ocorreu na noite do dia 26 de outubro de 2020. Ele foi torturado e espancado e as investigações apontam ligação de policiais militares. A maioria fazia parte da equipe do deputado Jalser Renier
A defesa
A Defesa jurídica do Deputado Jalser Renier enviou nota a imprensa afirmando que :
“…Foi deplorável o que aconteceu na sessão de hoje da Subcomissão de Ética. O roteiro foi construído para promover, a toque de caixa, o linchamento do moral do deputado Jalser Renier.
A Subcomissão deixou de ouvir quase todas as testemunhas indicadas por Jalser e apressou a conclusão dos trabalhados numa clara violação do mais elementar direito de defesa do deputado”.
A defesa afirmou ainda que o deputado não cometeu qualquer ilegalidade atribuída a ele. Disse ainda que espera, com serenidade, provar sua inocência no processo.