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Deputados votam por unanimidade pela manutenção da prisão de Jalser Renier

Por 17 votos, os deputados estaduais votaram pela manutenção da prisão do ex-presidente da Assembleia Legislativa Jalser Renier (SD). O deputado foi preso por decisão da juíza Graciete Souto Maior por suposto envolvimento no sequestro do jornalista Romano dos Anjos, ocorrido em outubro do ano passado.

Votaram favoráveis a manutenção da prisão todos os deputados presentes na sessão. Outros seis deputados que se ausentaram da votação alegaram que estavam em viagens para fora do Estado.

Antes da votação em plenário, deputados que compõem a Comissão de Constituição, Justiça e Redação Final (CCJ) da Assembleia realizaram reunião secreta, por volta das 16h, para finalizar o parecer sobre a prisão do parlamentar. Em seguida o relator Deputado Coronel Chagas leu o parecer favorável pela manutenção da prisão.

Já no início da noite, todos os parlamentares presentes se reuniram em plenário com o parecer em pauta e realizaram votação aberta.

Com a decisão dos parlamentares, Jalser deve seguir preso preventivamente no Comando Geral da Polícia Militar até que a Justiça decida se ele será encaminhado ao sistema prisional.

Confira os votos dos parlamentares:

Pela manutenção Pela suspensão Ausentes
Aurelina Medeiros (Pode)

Coronel Chagas (PRTB)

Gabriel Picanço (Republicanos)

Jeferson Alves (PTB); Jorge Everton (Sem Partido)

Nilton Sindpol (Patriotas)

 

  Betânia Almeida (PV);Dhiego Coelho (PTC); Jânio Xingu (PSB);Lenir Rodrigues (Cidadania); Yonny Pedroso (SD); Odilon (Patriotas);

Entenda o rito do processo que manteve prisão do deputado

Logo após tomarem conhecimento da Operação Pulitzer II, deflagrada na sexta-feira, 01, pelo Ministério Público do Estado (MPRR), em conjunto com as Polícias Civil e Militar, contra Jalser Renier e outras três pessoas, os parlamentares passaram várias horas reunidos a portas fechadas na Assembleia Legislativa de Roraima (ALERR) para decidir se o deputado seria, ou não, encaminhado ao sistema prisional.

No sábado, 02, a Comissão de Constituição, Justiça e Redação Final da Assembleia Legislativa de Roraima nomeou o deputado Coronel Chagas (PRTB) como relator para tratar da prisão do parlamentar.

Jalser foi notificado pela Comissão de Constituição, Justiça e Redação Final (CCJ), com prazo de 48h para defesa, mas manifestou por escrito que abria mão da defesa.

Diante disso, o deputado Coronel Chagas (PRTB), com base no princípio do contraditório e ampla defesa, nomeou um defensor “ad hoc”, sendo um procurador jurídico efetivo do Legislativo, para apresentar a defesa do parlamentar.

Jalser atribui prisão à tentativa de manipular opinião pública

Em nota encaminhada ainda na sexta-feira, a defesa do deputado Jalser Renier afirmou considerar sua prisão uma decisão política que tem como pano de fundo a tentativa de manipulação da opinião pública em plena véspera do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF)  sobre a legalidade da mesa diretora da Assembleia Legislativa de Roraima. Jalser reiterou que segue acreditando na Justiça de seu Estado e, sobretudo, na de seu país.

Prisão- A juíza Graciete Souto Maior determinou neste dia, 01, a prisão preventiva do deputado estadual Jalser Renier Padilha.

A magistrada é relatora do processo movido contra o parlamentar no caso do sequestro do jornalista Romano dos Anjos.

O mandado de prisão preventiva contra Jalser foi cumprido pelo promotor de Justiça Isaias Montanari Junior e pelo delegado da Polícia Civil, João Evangelista.

Cerca de 70 policiais civis e militares, e agentes do Gaeco cumpriram 04 mandados de prisão preventiva e 08 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Tribunal de Justiça de Roraima, na cidade de Boa Vista.

Também foram convertidas em prisão preventiva, as 07 prisões temporárias cumpridas na primeira fase da Operação Pulitzer, deflagrada no último dia 17 de setembro. À época, um coronel, um major que já chegou a comandar o Batalhão de Operações Especiais (Bope) da PMRR, dois subtenentes, um sargento, e dois soldados foram alvos.

Relembre o caso- O sequestro do jornalista Romano dos Anjos, de 40 anos, ocorreu na noite do dia 26 de outubro. Ele foi levado de casa no próprio carro. O veículo foi encontrado pela polícia queimado cerca de uma hora depois.

Segundo a Polícia Civil, ele teve as mãos e pés amarrados com fita e foi encapuzado pelos suspeitos. Romano passou a noite em uma área de pasto e dormiu próximo a uma árvore na região do Bom Intento, zona Rural de Boa Vista. Na manhã do dia 27, ele começou a andar e foi encontrado por um funcionário da Roraima Energia.

No HGR, ele relatou aos médicos ter sido bastante agredido com pedaços de pau e teve os braços quebrados.

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