A Prefeitura de Boa Vista contratou por R$ 31.383.200,29 as empresas Agservice Engenharia LTDA e Architech Consultoria e Planejamento para execução de obras de macrodrenagem no igarapé Pricumã. O aviso de homologação do processo licitatório nº 008136/2020, foi publicado no Diário Oficial do Município, em 22 de outubro.
No mesmo mês, a sócia da empresa Architech, a empresária Samira de Castro Hatem, teve os bens bloqueados pela Justiça do Amazonas, por suposto superfaturamento em contrato firmado junto a Secretaria de Estado de Infraestrutura para elaboração de projetos executivos de urbanização integrada no igarapé da Sharp, em Manaus, capital do Amazonas.
A decisão pelo bloqueio de bens da empresária e de mais cinco pessoas foi proferida em 5 de outubro, pelo juiz Leoney Figliuolo Harraquian, da 2ª Vara da Fazenda Pública de Manaus.
Na denúncia apresentada pelo Ministério Público do Estado do Amazonas, consta laudo técnico do Tribunal de Contas do Estado que constatou “superfaturamento em diversos contratos de obras e serviços, bem como fraude em licitações, dentre outras irregularidades”.
Sediada em Boa Vista, a empresa de pequeno porte do setor de construção civil, alvo da denúncia no estado vizinho, foi contratada pela Prefeitura de Boa Vista para executar o Lote II do serviço de macrodrenagem do igarapé Pricumã, no valor de R$ 902.824,22. A empresa Agservice Engenharia LTDA, com sede em São Paulo, receberá R$ 30.480.376,07 pelo Lote I da mesma obra.
A sócia da empresa, que tem ainda como sócio e administrador Maruem de Castro Hatem, já foi instada a ressarcir os cofres do Município de Boa Vista, em processo julgado em 2014.
OUTRO LADO – A reportagem do Política Macuxi tentou contato com a empresa e a defesa da empresária mas conseguiu contato. O espaço está aberto para futuras manifestações.