Nesta terça-feira (28), assistentes de aluno realizaram uma manifestação em frente à Prefeitura de Boa Vista, na tentativa de sensibilizar o chefe do Executivo municipal para que retire o veto à emenda que beneficia essa categoria com uma gratificação de 300 reais.
O representante da categoria dos assistentes de aluno, Igor Dourado, informou que, caso o veto seja mantido, irá se reunir com outras lideranças para decidir sobre a possibilidade de deflagrar greve.
“No momento, não temos essa intenção de fazer greve, mas dependendo do posicionamento de lideranças da categoria, podemos sim deflagrar greve nos primeiros dias de aula. Somos aproximadamente 500 servidores assistentes de alunos”, afirmou o sindicalista.
Dourado disse que espera que o prefeito reveja o veto. “Essa gratificação é muito importante para os assistentes de aluno. Como eu já havia dito, somos os únicos profissionais da educação que não temos gratificação. O assistente de aluno não é contemplado com nenhum tipo de benefício pecuniário, que não seja seu salário. O cuidador, o vice-gestor, o gestor, o coordenador, o secretário escolar, todos recebem sua gratificação”.
“Somos uma das peças chaves desse universo da educação e não recebemos nenhum benefício. Trabalhamos 30 horas semanais, sendo os primeiros a chegar na escola, às 6h30. Abrimos as escolas e preparamos todo o ambiente escolar. E depois os demais servidores chegam, por volta das 7h, 7h30 e às 12h30 encerra o primeiro turno, quando se inicia o segundo turno que vai até as 18h30, mas há dias que tem aluno que fica até as 19h e quem tem que ficar é o assistente de aluno”, ressaltou Dourado.
O vereador Ítalo Otávio (Republicanos), autor da emenda que beneficia os assistentes de aluno, lamentou o veto do prefeito. “Me traz tristeza o veto do prefeito à emenda que contempla os assistentes de aluno, categoria que dentro da escola municipal não tem gratificação. Esses profissionais recebem cerca de 1.200 reais por mês, e sabemos que a carne e a gasolina estão mais caros, por exemplo. Tentamos este ano uma conversa com o Executivo municipal e essa emenda de 300 reais, no mínimo deveria ser olhada com mais carinho, mas foi vetada. Agora cabe aos vereadores analisar esse e outros vetos às emendas e avaliar se são legítimos”, comentou o vereador.