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CASO UIRANDÊ: Justiça condena segundo acusado de matar PM e Empresária

Após quase 12 horas de julgamento, o Tribunal do Júri condenou, nesta quarta-feira (4), o servidor público Ewerton de Freitas Andrade, de 40 anos, a mais de 30 anos de prisão pelo assassinato do policial militar Uirandê Mesquita e da empresária Joseane Gomes ocorridos em 2020.

A sentença foi dada por volta das 21h. Ewerton e Guilherme, autores do crime e agora condenados, eram amigos da vítima.

Ewerton confessou o crime e estava sendo julgado por duplo homicídio qualificado causado por motivo torpe, com emprego de asfixia, meio cruel e à traição que dificultou a defesa das vítimas, além de destruição e ocultação de cadáver, dano qualificado, uso substância inflamável e por motivo egoístico.

Ele foi condenado com todas as qualificadoras. A defesa do acusado, formada pelos advogados Diego Rodrigues, Diego Soares e Marcelo Hirano, vai recorrer à sentença.

PRIMEIRO JULGAMENTO

Este é o segundo julgamento relacionado ao caso. O primeiro envolvido, Guilherme Tavares de Paula, que planejou o crime, foi sentenciado a 45 anos e 10 meses de prisão no dia 19 de outubro de 2022, em júri popular, condenado pelos mesmos crimes. Guilherme vai pagar por duplo homicídio triplamente qualificado, ocultação e destruição de cadáver e dano qualificado pelo uso de substância inflamável. Ele nunca confessou o crime e ainda recorreu a sentença, o que reduziu a pena a quase 36 anos.

ENTENDA O CRIME

Uirandê e Joseane tinham 29 anos quando foram assassinados na noite do dia 23 de agosto de 2020.

Segundo o Ministério Público, Ewerton e Guilherme conheciam Uirandê e o atraíram para a casa de Guilherme com um plano premeditado de assassinato por conta de uma dívida de R$ 4,5 mil, que Guilherme tinha.

Segundo os acusados, o PM teria cobrado a dívida, causando vexame ao autor do crime. Joseane Gomes, que acompanhava o namorado, tornou-se uma vítima inesperada, chamada pelos assassinos de ‘dano colateral’.

Após servirem veneno dentro de uma coca cola para Uirandê, ele passou mal e ficou indefeso, e os réus simularam que o levariam para o hospital, mas o plano já era de matar o casal.

No caminho, Josiane foi brutalmente agredida, enforcada com o cordão que usava e morta com um tiro disparado com a arma de Uirandê a fim de incriminá-lo. Em seguida, os homens deixaram a jovem em uma rua deserta, no bairro Mecejana.

Uirandê foi golpeado na cabeça com uma arma branca, enforcado e Ewerton e Guilherme seguiram com a vítima, já morta, e o carro dela para uma vicinal, nos arredores de Boa Vista. Lá, atearam fogo em Uirandê e no veículo.

A polícia encontrou os restos mortais da vítima e o carro quatro dias depois de acharem o corpo de Josiane.

Inicialmente, Guilherme e Ewerton eram testemunhas do crime. Depois, no entanto, houve uma reviravolta e a Polícia Civil identificou que, na verdade, a dupla era quem havia cometido o duplo assassinato. Eles estavam presos desde essa data.

 

 

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