O conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de Roraima, Joaquim Pinto Souto Maior Neto, conhecido como Netão,de 57 anos, foi afastado temporariamente por 180 dias em razão de uma investigação da Polícia Federal.
A operação, chamada Fullone apura contratos da Secretaria Estadual de Saúde no ano de 2019/2020,quando o secretário era Marcelo Lopes.
O filho do conselheiro, o empresário Victor Noleto Souto Maior, também foi preso temporariamente.
Ambos negam qualquer envolvimento no caso, com Joaquim declarando esperar pelos resultados das investigações e se mostrando abalado com a situação.
Em uma entrevista ao site Política Macuxi, Netão explicou que em 2019, enquanto era o relator da saúde, teve conhecimento de uma denúncia envolvendo a substituição de uma empresa de lavagem por outra, em caráter emergencial, ligada ao seu filho João Vitor.
O Conselheiro afirmou que se declarou impedido de analisar a denúncia da Saúde e posteriormente, de analisar qualquer conta relacionada à saúde, abdicando de sua posição como conselheiro responsável pela área.
“É um momento ruim pelo qual eu estou passando, mas, como agente público, estou sujeito a isso”, disse Netão na entrevista.
Ele destacou o papel do Ministério Público em levar adiante as investigações baseadas em evidências de possíveis irregularidades, e mencionou que a Procuradoria decidiu abrir o processo com base nessas informações.
Netão nega ter praticado qualquer ato de favorecimento, embora entenda a desconfiança do público.
“Nunca pratiquei qualquer ato de favorecimento, mas entendo que as pessoas achem difícil acreditar nisso”, afirmou. Ele ressaltou sua disposição em colaborar com a justiça e com a imprensa, reiterando sua inocência e a expectativa de que as provas determinem o desfecho do caso.
Em nota, o Tribunal de Contas, por meio de seus representantes, enfatizou sua cooperação com a operação e seu compromisso com a transparência e conformidade legal.