O ditador venezuelano Nicolás Maduro voltou a fechar a fronteira com o Brasil nesta quarta-feira, 22, alegando “medidas de segurança” para a realização de exercícios militares sob o nome de “Escudo Bolivariano”.
Essa é a segunda vez em menos de um mês que a passagem entre os dois países, localizada no município de Pacaraima, em Roraima, é bloqueada, intensificando o clima de tensão na região.
Com cerca de 150 mil soldados mobilizados em toda a Venezuela, as manobras militares são vistas como uma demonstração de força do regime. Vídeos divulgados nas redes sociais mostram tropas venezuelanas se posicionando próximo à fronteira e, em alguns casos, adentrando o território brasileiro, provocando reações de alerta.
Resposta brasileira: envio de tropas para a fronteira
Diante da escalada de tensões, o governo brasileiro decidiu reforçar a segurança na fronteira. Tropas da 1ª Brigada de Infantaria de Selva do Exército Brasileiro foram enviadas para monitorar a movimentação na área e garantir a soberania nacional. Além disso, a 1ª Companhia Independente de Polícia Militar de Fronteira (1ª CIPMFron) intensificou a vigilância na região, controlando possíveis tentativas de incursão.
Impactos locais e históricos
Desde 2018, Pacaraima se tornou a principal porta de entrada para milhares de venezuelanos que fogem da crise política, econômica e social de seu país. O fechamento da fronteira afeta não apenas a circulação de pessoas, mas também o comércio local e o transporte de mercadorias. Caminhões e pedestres foram impedidos de atravessar, e cones foram colocados para bloquear a passagem.
A última vez que Maduro ordenou o fechamento da fronteira foi em 10 de janeiro, durante sua posse para um terceiro mandato presidencial amplamente contestado por fraudes e rejeitado por parte da comunidade internacional, incluindo o Brasil.