Após a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a imediata liberação das rodovias interditadas, manifestantes encerraram os pontos de bloqueio na madrugada desta terça-feira, em Roraima.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), não há mais nenhum ponto de bloqueio nas rodovias federais de Roraima. A interdição havia iniciado na noite de domingo, 30, por manifestantes insatisfeitos com a derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL) para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2022.
Moraes havia estabelecido multa de R$ 100 mil por hora de descumprimento, a contar da meia-noite desta terça-feira (1º), a ser aplicada diretamente ao diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques.
Ainda na noite dessa segunda, o STF formou maioria para manter a decisão de Moraes, acompanhada pelos ministros Luís Roberto Barroso, Edson Fachin, Gilmar Mendes, Cármen Lúcia, Rosa Weber e Dias Toffoli. Ainda faltam se manifestar Ricardo Lewandowski, Luiz Fux, André Mendonça e Nunes Marques – estes dois últimos indicados à Corte por Bolsonaro.
Ao longo dessa segunda, em Roraima, bolsonaristas fizeram bloqueios pela rodovia federal BR-174. O primeiro deles foi pela manhã, no quilômetro 218, em Rorainópolis – cidade do Sul do Estado em que 73,32% dos eleitores deram votos ao presidente -, onde os manifestantes fizeram barricadas e queimaram pneus. Mas a PRF encerrou o bloqueio logo depois.
O segundo e maior ato iniciou às 11h30, no entorno do viaduto do Anel Viário, em Boa Vista – cujo eleitorado foi 79,47% fiel a Bolsonaro. No início, manifestantes chegaram a bloquear totalmente a via, mas 30 minutos depois, a PRF conseguiu negociar a flexibilização do ato, que passou a permitir a passagem apenas de carros de passeio, ambulâncias e de caminhões com cargas perecíveis.
O terceiro bloqueio foi realizado no quilômetro 211, em Rorainópolis. Bolsonaristas paralisaram a rodovia com a queima de pneus. PRF e Polícia Militar de Roraima atuaram na resolução de conflitos no ato.