Juiz determina que empresário devolva helicópteros apreendidos

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O juiz federal da 1ª Vara, Felipe Bouzada Flores Viana, determinou que o empresário Rodrigo Mello, conhecido como ‘Rodrigo Cataratas’, restitua à Polícia Federal helicópteros que haviam sido apreendidos em operação contra o garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami, em Roraima.

Com a decisão, os três helicópteros que haviam sido apreendidos e, após, devolvidos ao empresário, agora terão de retornar ao pátio da PF, em Boa Vista, no prazo de 10 dias, sob pena de multa diária de R$ 1.000.

Na decisão, o juiz pontuou que a apreensão das aeronaves havia sido legítima, tendo em vista que haviam provas de que as aeronaves eram usadas no garimpo.

“[Foram] identificados equipamentos utilizados para garimpo no interior de uma das aeronaves de propriedade dos requerentes e de terem sido localizados, dentro do hangar onde estava a aeronave, uma grande quantidade de insumos e víveres, além de dois quilos de mercúrio que, ao que parece, seriam destinados à região de garimpo ilegal”, cita o magistrado.

EMPRESÁRIO- Mello foi um dos alvos da operação da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), realizada em agosto de 2021 com a participação da Polícia Federal, suporte do Ibama e coordenação do Ministério da Justiça e Segurança Pública, que apreendeu e interditou em Roraima 66 aeronaves suspeitas de atuação em mineração na terra indígena Yanomâmi.

A ação da Anac ocorreu nas dependências da Cataratas Poços Artesianos, em Boa Vista, empresa a qual Rodrigo, que é dono de uma empresa de táxi aéreo, também é sócio.A operação nas dependências da Cataratas Poços Artesianos resultou numa prisão em flagrante, no indiciamento pela PF do homem preso e no indiciamento do empresário.

Mello, dono da Cataratas, é alvo de outras investigações da PF sobre garimpo ilegal na terra yanomami. Ele é suspeito de atuar na garantia da logística em pontos abertos na Amazônia.

Entre 2014 e 2018, a Cataratas recebeu R$ 8,6 milhões do governo federal.

Outro lado– Em nota, A defesa de Rodrigo Mello afirmou ficar estarrecida com a força tarefa que tem ocorrido nos feitos com o objetivo de prejudicar Rodrigo Martins de Mello.

“Não se compreende os interesses por detrás dessa perseguição sem fim, que tomou proporções maiores logo agora que lançou-se pré candidato a deputado Federal”.

Para a defesa, a decisão de devolução é completamente descabida, até porque não era em razão deste processo cível que as aeronaves haviam sido apreendidas, mas sim em um processo criminal.

“Aliás, quem determinou a liberação das aeronaves foi o Tribunal Regional Federal da 1a Região, portanto, não caberia o juízo cível, em um processo em que Rodrigo é o autor, determinar essa devolução”, frisou.

No mais, a defesa tem arduamente lutado para que os direitos fundamentais de Rodrigo sejam resguardados.E que essa perseguição, que ja ultrapassou todos os limites do razoável, chegue de uma vez por todas ao fim!

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