A Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR) acompanhou nesta segunda-feira (28) a inauguração de duas usinas termelétricas do complexo energético Serra da Lua, com capacidade total de 12 mil quilowatts, no município de Cantá, a 45 quilômetros da capital. A biomassa é uma fonte de energia renovável, sendo limpa e menos onerosa.
O evento contou com a presença do presidente da ALE-RR, Soldado Sampaio (Republicanos), do deputado líder do governo na Casa Legislativa, Coronel Chagas (PRTB), do governador de Roraima, Antônio Denarium (PP), de vários empresários do setor industrial e autoridades.
A produção de energia é feita a partir da queima de cavaco de madeira reflorestada. Sampaio ressaltou que a segurança energética de Roraima, a partir deste novo projeto, vai atrair investidores que vão gerar empregos e renda para a população. O investimento total é de R$ 365 milhões.
“Esse é um megainvestimento importante para Roraima, pois é a nossa emancipação energética. É a primeira de quatro, com esse perfil de usina de biomassa, o que traz nossa tão sonhada independência de energia elétrica. Parabenizo todos os investidores que estão gerando milhares de empregos. É isso que queremos, Roraima crescendo e se desenvolvendo e com energia de qualidade”, disse o presidente.
O empreendimento será gerido pela Oxe Energia. Conforme explicou o diretor industrial da empresa, Luiz Perea, a usina funciona com lenha triturada da madeira da acácia e de eucalipto. As acácias usadas para essa produção fazem parte do antigo projeto que traria para Roraima uma indústria de papel e celulose, realizado há cerca de 15 anos, mas que nunca funcionou na prática.
“Nós compramos essa floresta de acácia, que equivale a dois milhões de toneladas de madeira. Por dia, teremos um consumo de 800 mil toneladas. De acácia, temos uma plantação para usar por mais de seis anos. Já temos dois hectares de eucalipto plantado e vamos plantar mais dez mil hectares. Nosso contrato é de 15 anos com energia garantida para Roraima”, afirmou Perea.
Apesar de a produção diária ser de 12 mil quilowatts, Perea explicou que a empresa tem a “obrigação de entregar para a Roraima Energia 16.300 quilowatts 24 horas por dia. Conforme detalhou, a celeridade dada ao empreendimento só foi possível porque o Estado desburocratizou o processo, sem, entretanto, infringir as leis ambientais.
A distribuição da energia é feita por uma linha de transmissão da Roraima Energia, que sai de Boa Vista e vai até Bonfim. “No meio dessa linha, fizemos uma subestação seccionadora, que doamos para a Roraima Energia, que canalizará para Bonfim cerca de dois mil quilowatts. O restante dessa energia vai para a Subestação Distrito, de Boa Vista, onde há o maior consumo de energia”, acrescentou.
O governador Antonio Denarium comemorou a inauguração do empreendimento. “Roraima consome 200 megawatts e foram contratados no leilão 294, dando segurança energética para todos os investidores que estão no Estado e atraindo novos investidores, com energia limpa e renovável. Estamos realizando agora o que não foi feito nos últimos 30 anos”, concluiu.