A Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa aprovou nesta quarta-feira (23/02) o relatório que pede a cassação do deputado Jalser Renier (SD).
O relator Evangelista Siqueira (PT) afirmou que seu relatório conclui pela cassação do colega parlamentar pois as denuncias contra ele se enquadram dentro dos artigos inerentes a cassação.
“Nosso relatório aponta que todos os ritos foram seguidos e a Comissão de Constituição e Justiça deliberou hoje e amanhã teremos a apreciação pelo Plenário. Nosso relatório concluiu que está tudo dentro da Lei”, pontuou.
O deputado coronel Chagas esclareceu a questão, afirmando que Jalser soube que seus servidores estavam sendo investigados e ao invés de cobrar investigação, ficou evidenciado de forma inequívoca nos autos que ele interferiu e tentou impedir a investigação.
“São fatos relacionados a sequestro e tortura de um jornalista, fatos que estão sendo apurados pela Justiça e não estamos que fazendo julgamento penal do deputado Jalser e estamos julgando os fatos relacionados a quebra do decoro, do puldonor dentro do código de ética. Ele ameaçou o governador para não dar continuidade na investigação. Estamos analisando se todos os procedimentos foram feitos dentro da lei.
A presidente da Comissão deputada Catarina Guerra chamou por duas vezes o deputado Jalser Renier ou sua defesa para falarem durante a reunião, mas ninguém apareceu. “Usamos todos os meios necessários e possíveis para que a defesa fosse feita, mas não conseguimos que o deputado Jalser respondesse”.
Participaram da sessão os deputados Jorge Everton, Deputado Chagas, Evangelista Siqueira, Catarina Guerra. A deputada Aurelina Medeiros participou de dentro do hospital e o deputado Renan também participou de forma online. O relatório foi aprovado por unanimidade pelos parlamentares.
ENTENDA O CASO
As denúncias apontam que funcionários comissionados do gabinete do deputado na Assembleia Legislativa, pagos com dinheiro público, sequestraram e torturaram um jornalista. Também apontam que o deputado Jalser Renier teria tentado impedir a investigação, chegando inclusive a ameaçar o governador Antonio Denarium.