SEGUNDA TURMA

Deputado pede sensibilidade de Poderes para convocação de aprovados em concurso da PM

Parlamentar disse que Polícia Militar tem déficit de 1.500 profissionais para atender a população de Norte a Sul do Estado
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Cyneida Correia

em 15 de dezembro de 2021

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Na plateia, homens e mulheres classificados no concurso público da Polícia Militar acompanharam de perto, nesta terça-feira (14), o discurso do deputado Jorge Everton (sem partido) em defesa da convocação da segunda turma para o próximo ano a fim de fortalecer a segurança pública do Estado.

Segundo o parlamentar, no evento da Banda da Polícia Militar ocorrido na noite de segunda-feira (13), no CAF (Centro Amazônico de Fronteira), da UFRR (Universidade Federal de Roraima), o governador Antonio Denarium (PP) anunciou a convocação de 120 classificados em janeiro de 2022 e mais 120 em junho. “Deixou desapontados os aprovados do quadro remanescente”, lamentou.

Jorge Everton contou que a Polícia Militar tem déficit de 1.500 profissionais para atender a população de Norte a Sul do Estado. “Mas por que deixar 115 pais e mães de fora? Por que não acomoda todos entre janeiro e junho e finaliza essa novela?”, indagou.

O deputado parabenizou o Governo do Estado por organizar as contas, contudo, ressaltou a necessidade da convocação e nomeação de mais agentes da segurança pública, principalmente com o avanço da criminalidade e a imigração venezuelana.  Falou ainda da implantação do programa “Polícia na Rua”, vigente em Roraima desde o fim de outubro, com viaturas novas e equipadas com alta tecnologia.

Nos próximos dias, conforme Everton, a Assembleia Legislativa votará o Projeto de Lei Orçamentário Anual (PLOA) 2022. Para nomear todos os classificados, disse ele, o Estado teria que arcar com R$ 1,5 milhão por mês. “Fica a sugestão para os colegas: vamos direcionar as emendas de bancada para garantir a nomeação de todos”.

Jorge Everton declarou oposição aos projetos de lei para criação de cargos comissionados na esfera estadual. “Vamos gastar contratando pessoas que passaram no concurso público”, afirmou. Ele pediu ao relator do Orçamento 2022 na Assembleia Legislativa para que junto aos outros Poderes que utilizam a Polícia Militar na segurança orgânica destinem, no próprio orçamento, recursos para pagamento destes PMs deslocados.

Apartes

O discurso foi corroborado por outros deputados que apoiam a convocação dos classificados no concurso da PM. Jeferson Alves (PTB) sugeriu ao Estado que não crie cargos comissionados. “A PM é orgulho desse Estado e no meu entendimento é uma das melhores do Brasil, a população precisa”.

O deputado Nilton Sindpol (Patri) é agente de Polícia Civil e citou os tempos em que lutou para convocação e nomeação no único concurso da categoria, ocorrido há mais de uma década. Apesar da expectativa, ele pediu a compreensão de todos e destacou a responsabilidade que o governador tem de reconstruir Roraima. “O Poder Executivo com certeza quer contratar esses concursados”.  Para o deputado Renan (Republicanos), seria justa a convocação de todos os classificados, não em partes. “Segurança pública é investimento, não é gasto”.

O líder da base governista na Casa, deputado Coronel Chagas (PRTB), garantiu que o Estado está comprometido com a segurança pública, pois convocou a primeira turma de policiais militares, de policiais penais e anunciou futuros concursos para Polícia Civil e Corpo de Bombeiros Militar de Roraima. “Vamos trabalhar no orçamento, quem vai ganhar com isso será a sociedade roraimense”.

Gabriel Picanço (Republicanos) sugeriu que os Poderes destinem 2% do orçamento para custear os policiais militares das respectivas seguranças orgânicas. “O Estado precisa, sim, de mais soldados. O interior está desfalcado, muitas vilas grandes precisam da PM”.

A deputada Catarina Guerra (SD) reafirmou o compromisso do Poder Executivo com essas famílias, no geral. “Não é um pedido isolado, mas sim uma junção para darmos condições reais para esta convocação”.

Após o discurso, o presidente da Assembleia Legislativa em exercício, deputado Marcelo Cabral (sem partido), disse que a Casa é sensível às demandas dos concursados.

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