O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas), do MPRR, a Polícia Civil e o Comando Geral da Polícia Militar cumprem nesta quinta-feira, 16, 14 mandados de busca e apreensão e 7 mandados de prisão temporária contra suspeitos de envolvimento no caso do sequestro e tortura do jornalista Romano dos Anjos, ocorrido em outubro do ano passado.
Os mandados foram emitidos pelo Tribunal de Justiça de Roraima (TJRR), o qual decretou sigilo absoluto das investigações.
A ação faz parte da Operação Pulitzer, que mobilizou cerca de 100 agentes públicos, dentre policiais militares, policiais civis, Membros e servidores do Ministério Público de Roraima.
Segundo informações preliminares, seis policiais militares são suspeitos de participarem do sequestro do jornalista, entre eles um coronel, um major, dois subtenentes, um sargento e um soldado.
Pulitzer é o nome do prêmio internacional concedido a pessoas que realizam trabalhos de excelência na área de jornalismo.
Mais informações a qualquer momento.
Relembre o caso:
O sequestro do jornalista Romano dos Anjos, de 40 anos, ocorreu na noite do dia 26 de outubro. Ele foi levado de casa no próprio carro. O veículo foi encontrado pela polícia queimado cerca de uma hora depois.
Segundo a Polícia Civil, ele teve as mãos e pés amarrados com fita e foi encapuzado pelos suspeitos. Romano passou a noite em uma área de pasto e dormiu próximo a uma árvore na região do Bom Intento, zona Rural de Boa Vista. Na manhã do dia 27, ele começou a andar e foi encontrado encontrado por um funcionário da Roraima Energia.
O delegado Herbert Amorim, que conversou com o jornalista no trajeto do local onde foi encontrado até o Hospital Geral de Roraima (HGR), disse que depois de ter sido abandonado pelos bandidos, Romano conseguiu tirar a venda dos olhos com o braço e soltar os pés. No HGR, ele relatou aos médicos ter sido bastante agredido com pedaços de pau.
No dia, a Polícia Civil afirmou, em coletiva à imprensa, que ele poderia ter sido vítima de integrantes de facção. No entanto, a polícia não descartou outras linhas de investigação, como motivação política ou por Romano trabalhar como jornalista de um programa policial.