A Câmara dos Deputados decidiu rejeitar e arquivar a proposta de emenda à Constituição (PEC) que propunha o voto impresso em eleições, plebiscitos e referendos. A votação aconteceu na noite de terça-feira (10).
Veja abaixo como votou cada deputado roraimense:
Édio Lopes (PL) – NÃO
Haroldo Cathedral (PSD) – SIM
Hiran Gonçalves (PP) – NÃO VOTOU
Jhonatan de Jesus (Republicanos) – NÃO VOTOU
Sheridan (PSDB) – SIM
Nicoletti (PSL) – SIM
Ottaci (SD) – SIM
Joênia Wapichana (REDE) – NÃO
Para ser aprovada, a PEC precisava de, no mínimo, 308 votos. No entanto, o texto elaborado pela deputada Bia Kicis (PSL-DF) teve o apoio de apenas 229 deputados. Outros 218 deputados votaram contra a PEC, e um parlamentar se absteve. Ao todo, 448 votos foram computados.
A maioria dos partidos com representação na Câmara dos Deputados orientou pela rejeição da PEC e três para o voto a favor. Mas três deputados de Roraima não seguiram a orientação, como Haroldo Cathedral (PSD), Sheridan (PSDB) e Ottaci (SD), que votaram a favor apesar dos partidos terem orientado para voto contrário.
Justificativas
A deputada Sheridan justificou o voto afirmando prezar por um mandato participativo.
“Há transparência e coerência em meu mandato, há respeito com o Estado que tenho a honra de representar. Durante o período de discussão acerca da PEC do voto impresso, fiz enquetes nas redes sociais, conversei e ouvi a opinião dos roraimenses. Prezo por um mandato participativo. Por isso, votei SIM! Em respeito a maioria dos meus eleitores”, disse a parlamentar.
Outra parlamentar a se manifestar sobre seu voto foi a deputado Joênia.
“Garantir a democracia do país. Não podemos tolerar ameaças e iremos mostrar ao povo brasileiro que Bolsonaro será derrotado pela urna eletrônica, pela democracia”, destacou em discurso na Câmara.
O deputado Haroldo Cathedral fez breve manifestação reafirmando ser favorável ao voto impresso. Já o deputado Nicoletti afirmou que continuará a lutar pela possibilidade da contagem física do voto.
“Apesar do meu voto a favor do voto impresso, a PEC não foi aprovada. Continuo na luta pela garantia de eleições auditáveis e públicas, com a possibilidade da contagem física do voto”, declarou.
Os deputados Édio Lopes, Hiran Gonçalves, Ottaci e Jhonatan de Jesus não se manifestaram.
Entenda a PEC
O projeto propunha a inclusão de um parágrafo na Constituição para definir a obrigatoriedade da expedição de cédulas físicas conferidas pelo eleitor nos processos de votação das eleições, dos plebiscitos e referendos.
Com a decisão, o texto será arquivado e o formato atual de votação e apuração fica mantido nas eleições de 2022.