A falta de medicamentos em Postos de saúde da capital roraimense é um drama diário vivido pela população que não sabe mais o que fazer para conseguir remédio.
A aposentada Joseina Laurindo, 66 anos, é uma dessas vítimas. Dos cinco remédios solicitados na receita, ela deixou o posto de saúde na manhã desta terça-feira sem nenhum.
Ficaram faltando o prednisona, Dexametasona, que é anti-inflamatório o torante (xarope para eliminar secreções) e a inalação com soro, para tratar de uma virose que, segundo ela, o médico da rede pública “achou” que ela havia contraído.
— É terrível sair sem receber o remédio. Estamos deixados a própria sorte e não temos apoio público quando precisamos. É tudo uma ilusão.
A professora aposentada Aparecida de Jesus, 68 anos, acumula decepções porque, seus medicamentos não estavam disponíveis.
— É frustrante chegar a um posto à procura de medicação e não encontrar. Temos o direito de receber a medicação.
O mecânico João da Silva Bispo, de 67 anos, estava inconformado com o fato de novamente não ter encontrado um medicamento, a amoxilina.
— Temos o direito, pagamos e infelizmente a prefeita não está abastecendo os postos. Andei em vários e não encontrei remédio em nenhum.
Onde falta
A reportagem visitou os postos de saúde da capital, o Olenka, Silvio Botelho, Caranã e 13 e em nenhum deles encontrou medicação.
A lista de remédios que está faltando engloba Cálcio, Corpo Colírio (Glaucoma), Atenolol (Hipertensão), Azitromicina (antibiótico), Cloreto de sódio, Dexametasona (anti-inflamatório), Ivermecitina e Mebendazol (verme), Losartana (pressão), Amoxi-clavonato (infecções bacterianas) e Prolopa (Parkinson)
Outro lado
A Secretaria Municipal de Saúde confirmou em nota que os medicamentos citados estão em falta em algumas unidades básicas de saúde do município.
Reforça que já realizou o processo de aquisição e aguarda entrega, que vem sendo prejudicada por conta da pandemia.