Uma ação conjunta da Casa de Governo de Roraima, da ANAC e da Polícia Federal (PF), realizada no Aeroporto Internacional de Boa Vista, resultou na apreensão de uma grande quantidade de ouro — supostamente cerca de 51 quilos — em uma aeronave proveniente de outro estado.
A operação também levou à detenção de algumas pessoas, à apreensão da aeronave pela ANAC e à suspensão da carteira de piloto do condutor. Até o momento, os números exatos de presos e demais detalhes não foram divulgados, pois o processo continua em andamento.
Outras apreensoes
Para entender a dimensão do fato, basta compará-lo com apreensões anteriores no estado:
Em outubro de 2025, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu 36 kg de ouro dentro da carroceria de uma picape Montana que seguia para Boa Vista — carga avaliada em cerca de R$ 25 milhões.
Poucos dias depois, outra ação da PRF resultou na apreensão de mais de 10 kg de ouro escondidos em uma caminhonete na BR-401, fora da capital.
Em 2024, também no Aeroporto Internacional de Boa Vista, a Polícia Federal havia apreendido 11,7 kg de ouro, sem comprovação legal de origem.
O que se sabe (e o que permanece em sigilo)
Fontes oficiais confirmam tratar-se de uma ação de fiscalização voltada a coibir o transporte irregular de ouro e, conforme a PF, a apreensão foi acompanhada da detenção de pessoas e da apreensão da aeronave.
No entanto, há silêncio quanto ao número exato de presos, suas identidades e os demais detalhes da investigação — o que é comum em fases iniciais de operação, para não comprometer inquérito.
Além disso, ainda não há dados públicos sobre a origem do ouro (se é fruto de garimpo ilegal, extração indevida em terras indígenas ou rota de contrabando), nem sobre o destino que seria dado ao minério.
A suspeita, diante do histórico recente de apreensões em solo roraimense, é de que haja uma rede estruturada de transporte para fora do estado.
Padrão de apreensões em Roraima
O episódio se encaixa em um panorama crescente de apreensões de ouro e minerais no estado de Roraima — especialmente após intensificação de fiscalizações por parte de forças federais.
A apreensão de 36 kg em veículo no fim de outubro, e a detecção de mais de 10 kg em caminhonete na BR-401 demonstram que a malha de transporte clandestino não se restringe apenas a rotas terrestres, mas pode incluir rotas aéreas.
Segundo autoridades, esses números reforçam um cenário de “esvaziamento de estoque ilegal”: somente em 2025, as corporações já contabilizam mais de 200 kg de ouro apreendido — um volume expressivo que soma milhões de reais e indica forte movimentação de minério sem controle legal na região.




