Dois indígenas, de 78 e 80 anos, morreram após a queda de um helicóptero que realizava uma missão de resgate aeromédico na Terra Indígena Yanomami. A tragédia ocorreu na tarde desta segunda-feira (7), por volta das 16h30, durante uma tentativa de pouso forçado.

A aeronave, um Esquilo B2 da empresa Voare Táxi Aéreo, transportava cinco pessoas: o piloto, um agente de saúde e três indígenas – entre eles uma criança de nove anos, que sobreviveu com queimaduras leves e suspeita de luxação na perna. A menina foi levada inicialmente ao Centro de Referência da Saúde Indígena em Surucucu e será transferida para Boa Vista.

Segundo o Ministério da Saúde, o helicóptero decolou com destino à UBSI Parima, unidade básica de saúde indígena localizada também dentro do território Yanomami. Durante a aproximação para pouso, a aeronave caiu e pegou fogo.

As equipes de resgate foram acionadas ainda na segunda-feira, mas, devido às condições meteorológicas adversas, o resgate teve que ser interrompido. Os cinco ocupantes passaram a noite aguardando socorro. Na manhã desta terça-feira (8), a Força Aérea Brasileira (FAB) conseguiu chegar ao local e retirou os sobreviventes e os corpos das vítimas.

A aeronave acidentada era autorizada para operações de táxi aéreo. Segundo registros oficiais, o helicóptero havia sido fabricado pela Airbus e operava legalmente no transporte em áreas remotas da Amazônia.

As causas do acidente ainda serão investigadas pelas autoridades competentes. Em nota, a Voare lamentou o ocorrido, informou estar colaborando com as investigações e reafirmou o compromisso com a segurança das operações.