Na noite desta quarta-feira, 18, criminosos furtaram cabos, painel da bomba e o contador da Roraima Energia que compõem o sistema do poço novo do bairro Dr. Airton Rocha, ativado há 21 dias pela Caer (Companhia de Águas e Esgotos de Roraima), causando prejuízo de mais mais de R$ 30 mil para a empresa. O poço é responsável por reforçar o abastecimento de água para os conjuntos Ajuricaba e Pérola.
O furto foi detectado no período da manhã, quando a equipe técnica da empresa esteve no local para realizar a manutenção de rotina no clorador do poço. Ao todo, 20 metros de cabos foram furtados, além do painel eletrônico da bomba e do quadro de energia.
A empresa responsável pela construção e manutenção do sistema de poços foi acionada e já está no local providenciando a recomposição dos equipamentos. A Roraima Energia também foi acionada para fazer a recomposição do quadro de energia e interligação da rede elétrica da unidade.
O caso foi registrado na DRCAP (Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Administração Pública) da Polícia Civil para identificar e responsabilizar os autores do crime. A previsão é que o fornecimento de água esteja em funcionamento ainda nesta quinta-feira, 19.
CRIME
A Caer mantém um acordo de cooperação técnica e administrativa com a Polícia Civil para furtos de cabos de cobre, combater fraudes e desvios de materiais da rede de água e esgoto em todo o Estado.
O furto de cabos de cobre não só causa danos financeiros, como também atenta contra a segurança de serviços essenciais, configurando crime previsto no artigo 265 do Código Penal que prevê pena de reclusão de um a cinco anos, além de multa, para quem comprometer a segurança ou o funcionamento de serviços públicos como água, luz, força ou calor.
A pena pode ser aumentada de um terço até a metade se o crime envolver a subtração de materiais essenciais ao funcionamento desses serviços. Além disso, o crime de receptação, previsto no artigo 180 do Código Penal, também se aplica a quem compra ou oculta produtos de furto, mesmo sabendo de sua origem ilícita. A receptação pode ser punida com até quatro anos de prisão.