Uma ação de investigação judicial eleitoral (AIJE) foi protocolada na Justiça Eleitoral da 7ª Zona de Pacaraima/RR contra Núbia Costa Lima, prefeita reeleita de Amajari, e sua vice, Gleyce Moraes Bezerra Mota. O candidato derrotado Kleudison Mota Wanderley, da coligação “Um Novo Futuro para o Amajari”, acusa as adversárias de abuso de poder econômico, fraude eleitoral e transporte ilegal de eleitores.
A denúncia aponta um aumento expressivo no número de eleitores do município. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o eleitorado local saltou de 6.019 em 2020 para 7.545 em 2024, um crescimento de 25%.
Kleudison alega que a expansão se deve a transferências de eleitores de outras localidades, supostamente incentivadas por remuneração financeira. Vídeos anexados à ação documentariam o transporte de eleitores de Boa Vista para Amajari, organizado sem credenciamento oficial do TRE/RR.
Além disso, listas de eleitores transferidos, supostamente residentes em Boa Vista, reforçam a ação judicial.
Outro ponto levantado é o envolvimento de figuras políticas ligadas à prefeita, incluindo políticos estaduais e federais. A ação também requer a quebra de sigilo bancário de três pessoas ligadas à campanha de Núbia para investigar supostos pagamentos aos eleitores transferidos.
O candidato derrotado sugere que a manobra teve impacto decisivo no resultado, dado que Núbia venceu com uma diferença de 182 votos. Kleudison Wanderley solicita a cassação do diploma de Núbia Lima e sua inelegibilidade, além de pedir que seja diplomado prefeito.
A votação de Núbia Costa Lima dobrou em relação às eleições anteriores, alcançando 3.127 votos, um aumento de 102%.
“A ação pede a cassação do diploma da prefeita eleita e a diplomação do segundo colocado, em defesa da integridade do processo democrático”, conclui a petição.
A reportagem do Política Macuxi procurou a defesa de Núbia Costa Lima mas não foi possível contato. O espaço segue aberto.
Veja a ação judicial eleitoral: