Em uma sessão que parou os bastidores políticos de Roraima e foi transmitida ao vivo pelo YouTube da Assembleia Legislativa, os deputados estaduais enterraram de vez o processo de impeachment contra o governador Antonio Denarium (Progressistas).
O deputado Neto Loureiro, relator do processo, explicou que não havia conjunto probatório mesmo nao havendo sigilo em nada da denúncia e que votava pelo não prosseguimento da matéria e posterior arquivamento da denúncia por falta de provas.
As bancadas do Republicanos, PRTB, PP, orientaram seus membros para seguir o relatório votando não pelo prosseguimento do Impeachment. O líder do Podemos, deputado Renato Silva, liberou a bancada. O líder do União Brasil, deputado Jorge Everton votou pelo sim, mas liberou o voto da bancada do União Brasil.
Por 22 votos a 1, o plenário decidiu arquivar o pedido que acusava o governador de crimes de responsabilidade.
A sessão marcou o retorno dos trabalhos plenários e o arquivamento representa uma vitória esmagadora de Denarium, que se mantém blindado politicamente dentro da ALE-RR.
Os autores do pedido ainda podem recorrer, mas o recado do plenário foi claro: o governador continua firme no cargo e a oposição sai do episódio ainda mais enfraquecida.
Um ano de acusações, nenhuma prova suficiente
O impeachment havia sido protocolado há mais de um ano pelos ex-candidatos Rudson Leite, Juraci Escurinho e Fábio Almeida, todos rivais de Denarium nas eleições de 2022.
Eles acusavam o governador de:
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Abuso de poder político e econômico
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Desvio de recursos públicos
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Nepotismo e superfaturamento de contratos
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Mau uso de recursos da saúde, infraestrutura e programas sociais
Mas o relator do processo, deputado Neto Loureiro (PMB), concluiu que as provas eram frágeis e genéricas, sem materialidade suficiente para levar o caso adiante.
“Não há justa causa político-jurídica”, cravou Loureiro em plenário, sacramentando o destino do processo.
Placar do impeachment
Dos 24 deputados, 22 votaram contra, 1 votou a favor e 1 se ausentou. Veja como cada um votou:
Contra o impeachment (não abrir processo):
Angela Águida Portella (Progressistas)
Armando Neto (MDB)
Aurelina Medeiros (Progressistas)
Catarina Guerra (União Brasil)
Chico Mozart (Progressistas)
Coronel Chagas (PRTB)
Dr. Cláudio Cirurgião (União Brasil)
Dr. Meton (MDB)
Eder Lourinho (PSD)
Gabriel Picanço (Republicanos)
Idazio da Perfil (MDB)
Isamar Júnior (Podemos)
Lucas Souza (PL)
Marcelo Cabral (Cidadania)
Marcinho Belota (PRTB)
Marcos Jorge (Republicanos)
Neto Loureiro (PMB)
Odilon (Podemos)
Rárison Barbosa (PMB)
Renato Silva (Podemos)
Soldado Sampaio (Republicanos)
Tayla Peres (PRTB)
A favor do impeachment:
Jorge Everton (União Brasil)
Ausente:
Joilma Teodora (Podemos)