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Efeito dominó na política de Roraima: alianças estremecidas, campanha em ritmo acelerado e bastidores em ebulição

O tabuleiro político de Roraima entrou em movimento acelerado nos últimos dias, antecipando o clima eleitoral de 2026 com movimentações políticas e reorganização de forças.

Enquanto o governador Antonio Denarium (PP) segue em pré-campanha para o Senado com ampla vantagem sobre os possíveis adversários, a base governista  está estremecida e de forma inédita  e barulhenta.

O vice-governador Edilson Damião, que é o nome natural do grupo governista para disputar o governo, pode deixar o Republicanos e se filiar ao PSD, do deputado federal Haroldo Cathedral. Em campanha total, Edilson busca consolidar sua pré-candidatura ao Palácio Senador Hélio Campos.

A movimentação teria aborrecido aliados históricos, como o senador Hiran Gonçalves, presidente da federação Progressistas-União Brasil, que também faz parte do grupo político que apoia Edilson. Sentindo-se isolado, Hiran não escondeu a insatisfação com a mudança de rota do vice e já declarou publicamente que, se necessário, ele mesmo poderá entrar na disputa pelo governo de Roraima.

Eleições Complementares

Nos bastidores, também se discute a possibilidade de eleições complementares, caso Denarium precise deixar o cargo antes de abril, devido a processos que ainda podem ser julgados em Brasília. Nesse cenário, quem assume é o presidente da Assembleia Legislativa, Soldado Sampaio (Republicanos), o que já movimenta o grupo do centrão da ALE-RR.

A articulação é para emplacar o deputado estadual Neto Loureiro como novo presidente da Casa. Considerado conciliador, Loureiro tem boa entrada entre novatos e veteranos da base aliada.

Com Sampaio no governo, se abriria  também a possibilidade de mudança na indicação do titular da vaga no Tribunal de Contas do Estado (TCE), e a aposta é que o deputado Jorge Everton seja o escolhido para o cargo, o que reforça a leitura de que todos os movimentos estão sendo cronometrados com precisão cirúrgica.

Sindicatos

Enquanto isso, nas ruas e nos gabinetes dos sindicatos, cresce o descontentamento dos servidores públicos. O não pagamento das progressões e da revisão geral anual elevou o tom das críticas ao governo.

Representantes sindicais já anunciaram paralisações e uma possível greve nas próximas semanas. E a insatisfação não deve parar por aí: as entidades cogitam lançar um nome ao Senado em 2026, podendo ser Leandro Almeida, do Sindpol, ou Francisco Sampaio, do Sintraima, em colisão direta com  Denarium.

Para completar o cenário de mudanças, o deputado estadual Duda Ramos anunciou sua saída do  MDB e filiação ao Podemos, aumentando ainda mais o embaralhamento partidário às vésperas da janela eleitoral.

No ritmo em que as peças estão se movendo, a política de Roraima parece mesmo um jogo de xadrez às cegas — e quem piscar, perde o lugar.

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