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PF cumpre mandados contra médico, advogados e ex-delegado por esquema de R$ 9 milhões no BPC; assista à operação

A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (10) mais uma fase da Operação Ataktos, voltada para o combate a fraudes milionárias no sistema de assistência social brasileiro.

Foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão nos municípios de Boa Vista, Bonfim e Cantá, no estado de Roraima. Alem dos mandados de busca e apreensão, a Justiça Federal autorizou o bloqueio de bens e valores dos investigados no valor de R$ 9 milhões.

O alvo: uma organização criminosa suspeita de fraudar o Benefício de Prestação Continuada (BPC-Loas), especialmente voltado para venezuelanos idosos, muitos deles sequer residentes no Brasil.

Entre os investigados estão servidores públicos, um médico, além de advogados e um ex-delegado da Polícia Civil que atualmente atua como advogado e professor efetivo da Universidade Estadual de Roraima (UERR).

O escândalo evidencia a sofisticação do esquema criminoso: falsificação de documentos, manipulação de cadastros do INSS e uso de idosos cooptados na Venezuela, que recebiam benefícios mesmo após retornarem ao país de origem.

Veja Vídeo:

Ligações com a Operação Cessatio

A ação desta terça é desdobramento direto da Operação Cessatio, deflagrada no último dia 24 de maio, que também teve como foco a fraude no BPC e no Bolsa Família. Na ocasião, foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão em Boa Vista e Pacaraima. Sete escritórios de advocacia e um ex-delegado foram alvos das investigações.

Segundo a PF, as duas operações revelam uma teia de organizações criminosas independentes, mas com um mesmo objetivo: fraudar o sistema de proteção social brasileiro. O BPC garante um salário mínimo mensal (R$ 1.518,00) a pessoas com deficiência ou com mais de 65 anos que comprovem situação de vulnerabilidade econômica.

Polícia Federal

Fraudes com rostos e valores

A Justiça Federal determinou o bloqueio de bens e valores que somam cerca de R$ 16 milhões, além da suspensão de atividades econômicas de parte dos investigados. O ex-delegado por exemplo, já tinha sido exonerado da Polícia Civil em 2012 por corrupção e falsidade ideológica — envolvido na negociação de uma fiança em troca de um motor e uma motosserra.

Apesar da gravidade das denúncias, até o momento nenhum dos investigados foi preso, mas medidas cautelares diversas da prisão foram aplicadas. A PF ressalta que essa já é a sexta operação em Roraima voltada ao combate de fraudes em benefícios assistenciais do INSS.

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