A crise política no município de Iracema, no interior de Roraima, ganhou novos capítulos nesta sexta-feira (30), com a expulsão da vereadora Elyzarda Byanca Figueira de Carvalho do partido Progressistas. A decisão foi comunicada por meio de nota oficial emitida pelo diretório estadual da sigla.

Segundo o documento, a expulsão foi motivada por “reiterada conduta política em desacordo com as diretrizes institucionais do partido” e por “apoio declarado à gestão adversária da legenda”. A vereadora, eleita pelo Progressistas em 2024, teria se alinhado ao grupo político da prefeita municipal, que faz oposição direta à direção partidária estadual.

“Toda filiação é um compromisso com valores coletivos e com o eleitorado que confia na legenda como instrumento de transformação política”, declarou o partido na nota assinada por Gerlane Baccarin, vice-presidente estadual da legenda.

O partido informou que seguiu todos os trâmites legais por meio do Processo Administrativo Disciplinar nº 01/2025. Mesmo citada formalmente, a vereadora não apresentou defesa, sendo julgada à revelia. O Conselho de Ética recomendou a penalidade máxima prevista no estatuto do partido: o cancelamento da filiação.

A decisão foi unânime entre os membros do diretório e será comunicada oficialmente à Justiça Eleitoral.

Acusações de perseguição política

Em recente entrevista, a vereadora afirmou estar sendo vítima de perseguição política, alegando que sua cassação e posterior expulsão são motivadas por sua aproximação com a atual prefeita de Iracema, Layane do Nascimento (Solidariedade), com quem mantém parceria política e institucional.

“O que está acontecendo em Iracema é uma perseguição política clara. Meu compromisso sempre foi com o povo”, disse a vereadora, que já havia enfrentado um processo de cassação em 2023, arquivado por irregularidades jurídicas.

A reportagem do Política Macuxi entrou em contato com a vereadora para solicitar um posicionamento, e aguarda retorno.

Confira a nota na íntegra: