O Sebrae lançou sua nova Política de Auditoria Interna, alinhada às melhores práticas internacionais, com o objetivo de fortalecer a governança e a transparência no uso de recursos. A iniciativa é fruto do trabalho conjunto do Grupo Técnico de Auditores Internos do Sistema Sebrae e marca uma evolução no papel da auditoria como terceira linha de defesa na estrutura de governança da instituição.
De acordo com Élvio de Souza, gerente da Unidade de Auditoria Interna do Sebrae Nacional, a política estabelece diretrizes e define papéis e responsabilidades, aprimorando o relacionamento da auditoria com as demais áreas da instituição. “Isso fortalece nossa governança, traz mais responsabilidade e torna a atividade ainda mais robusta”, destacou.
Engajamento nacional e atuação em rede
Um dos grandes diferenciais do processo de atualização foi o engajamento das Unidades Federativas (UFs). Segundo Alessandra Pitta, gerente de Auditoria Interna do Sebrae/RJ, a nova política surgiu da necessidade de maior alinhamento entre práticas locais e nacionais.
“Percebemos que a política poderia ser mais aderente a uma atuação sistêmica, permitindo o trabalho em rede das unidades, o que beneficia todo o sistema e melhora a governança”, explicou Alessandra. O Sebrae/RJ teve papel central nesse movimento, sediando o Segundo Encontro de Auditores Internos do Sistema, em abril de 2024, e contribuindo diretamente para a formulação do documento.
Padronização e fortalecimento da auditoria
A padronização promovida pela nova política foi elogiada por Carlos Mendes, do Sebrae Paraná. “A política padroniza práticas e promove uma visão sistêmica, trazendo mais segurança e valor ao trabalho realizado em cada estado”, afirmou. Carlos destacou ainda que a auditoria interna vai além de um custo operacional: “Ela assegura que os recursos são aplicados de forma eficaz e que a missão do Sebrae está sendo cumprida”.
Atualmente, o Sistema Sebrae conta com 17 unidades de Auditoria Interna. Para Anderson Raica, auditor do Sebrae/SP, a política reforça a segurança para stakeholders, conselhos e até para os empreendedores. “É uma função que agrega valor e oferece conforto e segurança para todos os envolvidos no sistema”, disse.
Independência e impacto na governança
Uma mudança importante foi a transição da Unidade de Auditoria Interna do Sebrae Nacional, que antes estava vinculada à Presidência, para o Conselho Deliberativo Nacional (CDN). Segundo Caroline Petri, analista técnica do Sebrae Roraima e integrante do Grupo Técnico de Auditores, essa mudança reforça a independência e a credibilidade da auditoria.
“O Sebrae Roraima, assim como outras 16 UFs, possui uma unidade de auditoria composta por gerente e analistas que operam de forma independente, avaliando e fortalecendo os processos de gestão de riscos, controles internos e governança corporativa”, explicou Caroline. A atuação sistemática da auditoria protege a organização contra riscos, garante a salvaguarda do patrimônio e promove a transparência.
Público-alvo e benefícios da nova política
A nova política tem como público-alvo tanto os gestores internos quanto a sociedade. Segundo Caroline, ela abrange a alta administração do Sebrae, como o Conselho Deliberativo Estadual (CDE) e a Diretoria Executiva (DIREX), além de micro e pequenas empresas (MPEs), auditores externos e órgãos de controle. As ações de auditoria também são divulgadas no Portal da Transparência, ampliando o alcance e a credibilidade das iniciativas.
“A nova política não só protege a entidade, mas também fortalece a confiança da sociedade nos processos internos do Sebrae”, concluiu Caroline.
A atualização reflete o compromisso do Sebrae em adotar práticas mais modernas, integradas e voltadas à excelência em governança, contribuindo para o desenvolvimento sustentável das micro e pequenas empresas no Brasil.