Na noite de 4 de outubro de 2024, às vésperas das eleições para prefeito e vereadores em Boa Vista (RR), a Guarda Civil Municipal (GCM) realizou uma apreensão significativa no bairro Laura Moreira.
Durante uma ronda, a equipe abordou um veículo Fiat Mobi prata, placa QZC-3J62, conduzido por Elton Cabral Marques Parente, empresário de 34 anos, acompanhado por Thalia Barreto Figueiró, vendedora de 26 anos.
Segundo o relatório da GCM, os ocupantes do veículo demonstraram comportamento suspeito ao tentarem entrar rapidamente no carro após avistarem a viatura.
Durante a revista veicular, a equipe encontrou uma sacola contendo R$ 66.200,00 em cédulas de 20, 50 e 100 reais, escondida embaixo do banco do motorista.
Além do dinheiro, foram localizados dois santinhos da candidata a vereadora Juliana Garcia e uma lista com nomes, endereços e telefones, sugerindo possível crime eleitoral.
A Polícia Federal foi acionada e chegou ao local para dar continuidade à ocorrência. Todo o material foi apreendido, e os envolvidos foram conduzidos à Superintendência da PF em Boa Vista para as devidas providências. Não houve resistência por parte dos suspeitos, e o uso de algemas não foi necessário.
A apreensão levanta suspeitas de compra de votos no município, visto que o dinheiro, o material de campanha e a lista de contatos podem indicar uma tentativa de influenciar o resultado das eleições que ocorrerão no próximo domingo.
Veja vídeo:
Outro lado
Íntegra da nota da vereadora Juliana Garcia sobre o caso
“Jurídico da Vereadora Juliana Garcia,
Em resposta à solicitação de esclarecimento, gostaria de afirmar que a Vereadora nega veementemente qualquer envolvimento em práticas ilícitas, como a compra de votos. A referida prisão dos cabos eleitorais mencionados não tem relação com sua campanha ou com qualquer ação conduzida sob sua orientação.
Esclarecemos ainda que campanha é pautada na ética, na transparência e no cumprimento rigoroso das leis eleitorais. Confiamos nas autoridades competentes para a apuração dos fatos e reiteramos que qualquer tentativa de associar a imagem Vereadora a atos ilegais será tratada com o devido rigor legal.