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Candidatos estimam que dinheiro apreendido pela PF compraria quase 5% dos votos em Roraima

A menos de três dias para as eleições, a Polícia Federal intensificou as operações em Roraima, resultando na apreensão de mais de R$ 2.849.200 em dinheiro nas últimas semanas. As ações fazem parte de um esforço conjunto para combater crimes eleitorais e garantir a lisura do processo eleitoral no estado.

Segundo candidatos ouvidos pelo site Política Macuxi, se o dinheiro apreendido fosse hipoteticamente usado para comprar votos, as chamadas “bocas de urnas”, o montante apreendido daria para comprar 18.994 BUs, ou seja, aproximadamente 4,87% dos votos em Roraima, considerando o total de 389.931 eleitores no estado.

Em uma série de operações entre o início de setembro e os primeiros dias de outubro, os agentes realizaram abordagens em veículos suspeitos, resultando na apreensão de dinheiro, celulares, documentos e material de campanha.

Os casos mais significativos incluem:

No dia 4 de setembro, a PF apreendeu R$ 190 mil e R$ 330 mil em duas operações distintas, além de prender uma pessoa por porte ilegal de arma de uso restrito.

No dia 6 de setembro, mais R$ 500 mil foram apreendidos em Boa Vista, divididos em pacotes de cédulas de 100 reais.

Já no dia 9 de setembro, uma operação resultou na prisão de seis pessoas, incluindo um empresário e dois policiais militares, e a apreensão de mais R$ 500 mil.

No dia 20 de setembro, em Boa Vista, a PF apreendeu R$ 1 milhão em duas abordagens distintas.

No dia 25 de setembro, mais de R$ 200 mil foram encontrados com eletrônicos e documentos que seguem sob investigação.

No dia 1º de outubro, uma ação conjunta com a Polícia Rodoviária Federal resultou na apreensão de R$ 120 mil e na prisão de um servidor estadual.

Por fim, no dia 3 de outubro, a PF prendeu três pessoas em Mucajaí por compra de votos, com R$ 6,9 mil em um veículo e mais R$ 2,3 mil encontrados com um dos suspeitos.

As investigações continuam e a PF não divulgou os nomes dos envolvidos, mas reforçou seu compromisso em atuar firmemente no combate aos crimes eleitorais. A população pode contribuir com denúncias, utilizando o Disque-Denúncia Eleitoral pelo WhatsApp, no número (95) 3621-4747.

Crédito: Luan Vinicius com auxilio da IA

BRASIL: PF apreendeu R$ 11 milhões em espécie nas eleições e abriu 2.200 inquéritos

Em todo o país, a Polícia Federal já apreendeu mais de R$ 16,7 milhões em bens, sendo R$ 11 milhões em dinheiro em espécie, durante investigações sobre crimes eleitorais neste ano. A corporação realizou, até esta quinta-feira (3), 40 operações em todo o país.

Ao todo, a PF tem cerca de 2.200 inquéritos em andamento. Os crimes abrangem caixa 2, compra de votos, boca de urna, entre outros. A corporação é a responsável por investigar crimes eleitorais em todo o Brasil, além de ser uma das forças de segurança que atuam para garantir a lisura do processo eleitoral.

R$ 11 milhões em dinheiro vivo. Segundo a PF, os valores em espécie foram apreendidos em investigações sobre suspeitas de irregularidades na propaganda eleitoral.

Combater fake news e organizações criminosas entre as prioridades. A corporação tem entre suas maiores preocupações para a disputa deste ano a difusão de fake news e desinformação sobre o processo eleitoral, os chamados deepfakes (vídeos produzidos com tecnologia que permite simular o rosto de uma pessoa), a violência política, sobretudo violência de gênero, e o envolvimento de organizações criminosas em apoio a candidatos.

Seis mil agentes e drones mobilizados. Nas eleições municipais deste ano, a PF mobilizará mais de 6.000 policiais e contará com equipamentos como drones para fiscalizar a ocorrência de crimes eleitorais em áreas sensíveis. O primeiro turno será realizado em todos os 5.569 municípios do Brasil neste domingo (6). O segundo turno está marcado para o dia 27.

Peritos da PF também participaram dos testes para validar a segurança das urnas. Policiais estavam entre os especialistas que estiveram no processo de um ano realizado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para garantir a confiabilidade e transparência do sistema eleitoral.

 

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