O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) protagonizou na noite desta terça-feira (13) um verdadeiro plot twist na trama política de Roraima ao suspender o julgamento do governador Antonio Denarium (Progressistas) e seu vice, Edilson Damião (Republicanos).

A sessão começou pontualmente às 18h10, horário local, com Denarium e Damião no sétimo lugar da pauta. A expectativa era enorme, e os olhos de todo o Estado estavam voltados para Brasília. Mas, do meio para o fim, a trama tomou um rumo inesperado.

A ministra Cármen Lúcia, presidente do TSE, abriu os trabalhos explicando que a sessão incluiria sustentações orais e a leitura do relatório pela relatora, ministra Isabel Gallotti.

Mas, ao final, em um movimento surpreendente, Cármen Lúcia suspendeu o julgamento, sem data para retomada.

“Será pautado devidamente em outra ocasião”, afirmou, deixando no ar um clima de tensão e mistério.

No centro da polêmica, a defesa de Denarium e Damião apresentou uma verdadeira maratona de argumentos, com quatro advogados em ação, incluindo Fernando Neves, que declarou com firmeza:

“Registro a minha confiança de que os recursos serão providos e que será confirmada a vontade do eleitorado de Roraima”.

Por outro lado, o advogado da coligação “Roraima Muito Melhor”, Walber de Moura Agra, não poupou palavras ao acusar o governo Denarium. Segundo Agra, o abuso de poder econômico foi comprovado pelos recursos investidos em programas sociais.

A defesa contra-atacou, argumentando a legalidade dos atos e destacando que o programa Morar Melhor, alvo das acusações, começou em 2021, fora do período eleitoral.

A relatora Gallotti leu o relatório detalhando os pontos críticos, inclusive a ausência dos votos de dois juízes eleitorais contrários à cassação no Tribunal Regional Eleitoral de Roraima (TRE-RR).

Mas, no final, a novela jurídica continua, deixando todos em suspense. A próxima etapa? Ninguém sabe! O que se sabe com certeza que, por enquanto, Denarium continua no cargo  e o destino político de Roraima permanece incerto.