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Alvos de operação da PF são ligados a senador; Veja nomes e confira o vídeo

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira, 1/8, a Operação Esculápio.

Segundo apurou o site Política Macuxi, um médico e um empresário, ligados ao senador Mecias de Jesus são alvos de busca e apreensão. O esquema teria iniciado no governo Suely Campos e continuado por esses 8 anos com a realização de cirurgias.

O empresário Rodrigo Acioly é esposo da suplente do senador Mecias, a enfermeira Roberta Leontina Xisto Acioly. Outros envolvidos seriam Daniel do Carmo e Dennis Dinely e mais 7 envolvidos cujos nomes o política macuxi ainda não teve acesso. O espaço está aberto para defesa de todos.

O Política Macuxi também procurou a assessoria de comunicação do senador mas eles informaram que a operação envolve situações da vida privada, profissional e pessoal e que não tem ligação política com o parlamentar.

Estão sendo cumpridos dez mandados de busca e apreensão e 8 mandados de bloqueio de bens em Boa Vista, além do bloqueio de aproximadamente 9,5 milhões de reais nas contas dos investigados.

Organização

Segundo informou a Polícia Federal, o objetivo da operação é apurar a existência de uma organização que seria responsável por induzir os pacientes a realizar procedimentos odontológicos em uma clínica particular, custeados pelo Estado, mesmo havendo materiais para realizá-los no Hospital Geral de Roraima.

Há indícios também de que os pacientes do Hospital Geral de Roraima seriam informados pelos odontólogos de que não havia condições de realizar algumas cirurgias por falta de material.

Os odontólogos, com vínculo tanto no hospital quanto em uma clínica particular, orientariam tais pacientes a procurar o Poder Judiciário para que o Estado custeasse os procedimentos em uma clínica, que pertenceria ao grupo criminoso.

A Operação Esculápio investiga empresários e odontólogos associados ao hospital.

CPI

A denúncia foi feita pela CPI da saúde comandada pelo deputado estadual Jorge Everton que constatou a conduta irregular por profissionais no HGR em relação às cirurgias bucomaxilo-faciais.

O esquema funcionava da seguinte forma: com o pretexto da falta de materiais (o que nem sempre procedia), muitas cirurgias deixaram de ser realizadas pelo SUS, tendo os pacientes que recorrer ao Poder Judiciário.

O Ministério Público então autorizava a realização desses procedimentos na rede privada. Para tanto, tornava-se necessário apresentar três orçamentos distintos. Ocorre que todas as estimativas de custos que chegavam ao referido órgão eram provenientes das clínicas particulares desses mesmos profissionais, com preço até três vezes maiores que os valores praticados em outras.

Licitação

A PF também apura fraudes em licitações na área da saúde. As investigações sugerem que houve direcionamento do resultado de um pregão eletrônico promovido pela Secretaria de Saúde de Roraima para o fornecimento de materiais odontológicos ao hospital.

Os materiais foram orçados com valores mais elevados que os constantes na tabela de preços do SUS. Em alguns casos, a contratação chegou a ser 1.000% mais onerosa que o preço médio indicado na tabela oficial.

 

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