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Conselho de Ética do Senado vai investigar Chico Rodrigues

O Conselho de Ética do Senado decidiu nesta quarta-feira dar prosseguimento a representações contra o senador Chico Rodrigues (PSB-RR).

Chico Rodrigues entrou na mira do Conselho de Ética após ser flagrado tentando esconder dinheiro nas nádegas durante uma operação da Polícia Federal.

Na época, ele era vice-líder do então presidente Jair Bolsonaro no Senado e tinha como assessor em seu gabinete Leonardo Rodrigues, o Léo Índio, primo dos filhos do ex-presidente.

O parlamentar, que na época era do DEM, legenda que se fundiu com o PSL para formar o União Brasil, atualmente está no PSB da base do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O relator do caso de Rodrigues é o senador Renan Calheiros (MDB-AL).

Entenda

Em outubro de 2020, a Polícia Federal (PF) deflagrou uma operação em Roraima contra o desvio de recursos públicos para o enfrentamento à Covid-19.

Na ocasião, a polícia apreendeu dinheiro vivo dentro da cueca do senador, que era vice-líder do governo de Jair Bolsonaro no Senado. Hoje, o senador integra o PSB, partido da base aliada do presidente Lula (PT).

Parte das notas, de acordo com investigadores envolvidos no caso, estavam entre as nádegas de Rodrigues.

Cerca de R$ 30 mil foram encontrados na casa do parlamentar. Eram investigadas contratações realizadas no âmbito da Secretaria de Estado da Saúde envolvendo aproximadamente R$ 20 milhões que deveriam ser utilizados no combate à pandemia.

Na época, advogados do senador emitiram uma nota em outubro afirmando que o dinheiro encontrado nas nádegas do congressista tinha origem lícita e seria destinado para o pagamento de funcionários.

Chico Rodrigues também divulgou nota na ocasião, em que negou que estivesse cometendo irregularidades. “Tive meu lar invadido por apenas ter feito meu trabalho como parlamentar, trazendo recursos para o combate à covid-19 na saúde do estado”, escreveu ele, à época.

Outras Ações

O conselho de ética também abriu ação contra Jorge Kajuru (PSB-GO), Cid Gomes (PDT-CE), Styvenson Valentim (Podemos-RN) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

Pedidos arquivados

Por outro lado, outros pedidos, como um feito contra o próprio presidente do Conselho de Ética, Jayme Campos (União-MT), foi arquivado.

Em 2020, o Pros, que hoje está incorporado ao Solidariedade, entrou com uma representação por Jayme ter supostamente ter agredido um cidadão que estaria tentando gravar uma entrevista com a então prefeita de Várzea Grande (MT), Sra. Lucimar, esposa do senador.

Os senadores Humberto Costa (PT-PE), Damares Alves (Republicanos-DF), Davi Alcolumbre e o ex-senador Paulo Rocha (PT-PA), atual superintendente da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), também tiveram as representações arquivadas.

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