A defesa do empresário Guilherme Campos procurou a reportagem do Política Macuxi para explicar que a prisão do empresário foi ‘um engano’ e feita de forma irregular.
Segundo a defesa, Guilherme estava com funcionários da fazenda vacinando o gado, quando foram surpreendidos com helicóptero da Polícia Federal.
“Depois do Guilherme mostrar o local e, claro, nada ilegal ser encontrado, mostrar toda documentação em dia do avião, da sua carteira de piloto privado, documentos da homologação da pista, esclarecer os agentes lá mesmo na fazenda, ainda assim, o delegado pediu que ele fosse levado à sede da PF em Boa Vista. Isso sem nenhum indício de irregularidade, apenas para causar constrangimento”.
A defesa do empresário informou ainda que tanto o Ministério Público Federal (MPF) quanto a Justiça Federal, já se manifestaram a favor da liberação do empresário após tudo ter sido esclarecido.
Divisa
A Defesa explicou ainda que a fazenda da família Campos faz divisa com a terra indígena tendo ao meio o rio Apiaú e que o empresário vai regularmente ao local.
Segundo eles, a fazenda tem uma pista de pouso que já tem inclusive o parecer favorável da homologação pela Anac.
O Caso
A Polícia Federal e o IBAMA prenderam o empresário Guilherme Campos, filho dos ex-governadores de Roraima Neudo Campos e Suely Campos, que segundo a PF estaria sobrevoando o espaço aéreo instituído pela FAB como Zona de Identificação de Defesa Aérea – ZIDA, na Terra Indígena Yanomami.
O rapaz foi encaminhado ao sistema prisional, onde se manteve à disposição da Justiça.
Crise Humanitária
Em razão da crise humanitária vivenciada pelos Yanomami, assolados pela catástrofe ambiental ocasionada pelo garimpo ilegal, está proibido o tráfego aéreo na região, à exceção de aeronaves militares ou a serviço dos órgãos públicos envolvidos na Operação Libertação.
Desde a data de ontem, equipes da PF e do IBAMA estão de prontidão em bases na TIY, com apoio de helicópteros da FAB, com o objetivo de identificar e prender eventuais aviadores que buscam se evadir das abordagens da FAB em espaço aéreo por meio do pouso em pistas clandestinas na região.