Todos os policiais militares presos na operação Pulitzer, que investiga o sequestro do jornalista Romano dos Anjos, ocorrido em outubro de 2020 em Boa Vista, foram soltos na manhã desta terça-feira, 11, pelo Tribunal de Justiça de Roraima (TJRR).
As decisões concedendo o habeas corpus aos envolvidos são do desembargador Ricardo de Aguiar Oliveira e referendada pelos desembargadores Almiro Padilha e Erick Linhares.
A justiça concedeu liberdade aos coronéis Natanael Felipe de Oliveira Júnior; Moisés Granjeiro de Carvalho, ao Major Vilson Carlos Pereira Araújo; e ao subtenente Clóvis Romero Magalhães Sousa e ao Sargento Gregory Thomaz Brashe Júnior. O ex-servidor da ALE-RR, Luciano Benedicto Valério o único civil entre os presos também teve sua liberdade concedida.
Relembre o caso:
O sequestro do jornalista Romano dos Anjos, de 40 anos, ocorreu na noite do dia 26 de outubro. Ele foi levado de casa no próprio carro. O veículo foi encontrado pela polícia queimado cerca de uma hora depois.
Segundo a Polícia Civil, ele teve as mãos e pés amarrados com fita e foi encapuzado pelos suspeitos. Romano passou a noite em uma área de pasto e dormiu próximo a uma árvore na região do Bom Intento, zona Rural de Boa Vista. Na manhã do dia 27, ele começou a andar e foi encontrado encontrado por um funcionário da Roraima Energia.
O delegado Herbert Amorim, que conversou com o jornalista no trajeto do local onde foi encontrado até o Hospital Geral de Roraima (HGR), disse que depois de ter sido abandonado pelos bandidos, Romano conseguiu tirar a venda dos olhos com o braço e soltar os pés. No HGR, ele relatou aos médicos ter sido bastante agredido com pedaços de pau.
No dia, a Polícia Civil afirmou, em coletiva à imprensa, que ele poderia ter sido vítima de integrantes de facção. No entanto, a polícia não descartou outras linhas de investigação, como motivação política ou por Romano trabalhar como jornalista de um programa policial.