A Comissão de Educação, Desportos e Lazer da Assembleia Legislativa (ALE-RR) se reuniu com a direção do Sinter (Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Roraima), na tarde desta quinta-feira (13), para discutir uma extensa pauta de reivindicações da categoria
Como a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) já está tramitando na Casa, ficou acordado que a prioridade será a reposição salarial, um dos itens da pauta, haja vista que em breve será votada em plenário, após a análise dos deputados.
“Vamos nos debruçar sobre as perdas salariais que os trabalhadores e as trabalhadoras em educação tiveram ao longo dos anos. Eles pleiteiam junto a essa Casa a compensação, que é um direito. Saímos daqui com o compromisso de fazer uma reunião com a presidente da Comissão de Orçamento, deputada Aurelina [Medeiros, Pode], para discutir e buscar uma alternativa para que os trabalhadores não acumulem tantas perdas”, explicou o presidente da Comissão de Educação, deputado Evangelista Siqueira (PT).
Ele detalhou que não se trata de aumento salarial, mas de reposição relacionada à inflação. “A última vez que tiveram direito à reposição salarial, foi em 2016. De lá para cá, acumulam mais de 33 % de perdas ao longo desses anos. Precisamos agir porque se trata de um direito do trabalhador”, reforçou.
A equipe da entidade sindical se comprometeu a fornecer os dados necessários sobre a reposição salarial, bem como enquadramento e progressões, que também foram pautas da reunião, para que a Comissão de Educação apresente à Comissão de Orçamento.
A presidente do Sinter, Josefa Matos, disse que existe uma pauta extensa que precisa ser alinhada com o governo. Ressaltou que a falta da reposição salarial tem impacto grande e negativo sobre o corpo docente e discente.
“De forma geral, a falta da reposição prejudica em tudo, principalmente pelo fato de serem cinco anos sem, em um país em que a inflação está cada dia maior. E não são somente os professores que estão sendo prejudicados, mas também os servidores em geral. A reposição deve ser feita com urgência”, reivindicou.
Retorno das aulas
A equipe do Sinter é contra o retorno das aulas presenciais ainda este ano. O sindicato é favorável ao ensino híbrido, devido à falta de segurança sanitária. “Queremos que as escolas estejam preparadas com biossegurança para que todos fiquem seguros no ambiente escolar, porque 80% delas não estão”, disse a presidente.