ENSINO REMOTO: Sindicato cobra da Prefeitura soluções para problemas de conexão e sobrecarga de trabalho

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O Sitram recebeu denúncias de professores das escolas de Boa Vista relatando problemas durante as aulas remotas. As dificuldades foram informadas à Secretaria Municipal de Educação e Cultura (SMEC) por meio de ofícios e reuniões ainda em fevereiro. No entanto, as denúncias continuaram ao longo deste mês de março.

Diante dos fatos, os dirigentes buscaram apurar diretamente nas escolas. Durante as visitas, observou-se que as aulas remotas na rede municipal de ensino da capital estão gerando problemas de saúde aos docentes e frustrando estudantes e pais. A diretoria do Sindicato busca resolver a situação de forma administrativa, já que muitos professores temem perseguições no ambiente de trabalho.

O principal problema, segundo os professores, é a dificuldade de organizar os portfólios, porque este material com atividades é cobrado individual (de cada aluno) e mais um por turma, o que acaba sobrecarregando os docentes.

Os pais, por sua vez, não dão a devida assistência, já que os mesmos trabalham durante o dia e o tempo que possuem de sobra para auxiliar os filhos é no período da noite. A internet e os equipamentos fornecidos pela Prefeitura também são citados como falhas do executivo ao longo do ensino digital.

“O pacote de conexão não é suficiente para as aulas”, menciona Lucinalda Coelho, vice-presidente do Sitram. “A falta de suporte técnico também é outro fator que atrapalha o andamento das atividades escolares digitais. Alguns professores disseram que estão usando os próprios equipamentos, pacote de dados e precisaram comprar outros materiais, como por exemplo, projetores”.

Para a presidente do Sitram, Sueli Cardozo, é de extrema necessidade ter uma internet de qualidade para que os professores possam trabalhar. “É inadmissível que os docentes que, no início de carreira, têm vencimentos base que não chegam a dois salários mínimos precisarem pagar pacote de internet para exercer suas funções”, pontuou.

“Não podemos deixar de citar que muitas famílias não têm condições de ter computadores e internet em casa em meio a essa pandemia que também afetou a economia. Isso frustra qualquer educador”, relatou a sindicalista sensibilizada.

MATERIAIS COMPLEMENTARES – Em fevereiro, logo após retorno das aulas municipais para cumprir o ano letivo de 2020, a presidente do Sitram foi à imprensa cobrar condições de trabalho.  “Apoio pedagógico, equipamentos eletrônicos e internet de qualidade para que os professores pudessem dar aulas”.

Sueli pediu também um acompanhamento desse método de aulas remotas para que as dificuldades fossem sanadas o quanto antes nesta fase tão importante do ensino para as crianças.

ADMINISTRATIVOS EM RISCO – Ainda no mês de fevereiro, os servidores administrativos das escolas denunciaram falta de controle na entrega de materiais de ensino impressos (apostilas), que segundo eles, os colocavam em risco de contaminação do novo coronavírus na segunda onda da pandemia.

A diretoria do Sitram esteve na SMEC e cobrou que os materiais fossem entregues com horário agendado e pelos diretores.

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