Servidores municipais dizem que gestão de Arthur brinca com vida dos trabalhadores

Os servidores da educação em Boa Vista afirmam que a gestão do prefeito Arthur Henrique (MDB) está brincando com as suas vidas, convocando reuniões presenciais e fazendo com que os funcionários saiam de casa sob o risco de contaminação do coronavírus.

Revoltados com a situação, os servidores assinaram uma nota de repúdio e denunciaram que os gestores estão convocando os funcionários para participar de atividades presenciais em 22 escolas: Escola Criança Feliz; Escola Waldemarina; Escola Ivani Parente; Escola Áurea de Holanda; Escola Maria Gonçalves; Escola Luis Canará; Escola Vovó Clara; Escola Martinha Thury; Escola Eunice Queiroz; Escola Zacarias Ribeiro; Escola vovô Dandae; Escola Aquilino; Escola Juslane Flores; Escola Cunhantã Curumim; Escola Frei Arthur; Escola Francisco Briglia; Escola José Arnóbio; Escola Palmira de Castro; Escola Ioládio Batista; Escola Maria Teresa Maciel; Escola Raio de Sol; e Escola Raimundo Eloy Gomes.

Pais de alunos e servidores participam de dinâmica em escola municipal (Foto: Divulgação)

O documento é assinado pelo Coletivo de Servidores da Educação Municipal de Boa Vista. Nele, os servidores reforçam a situação preocupante de risco de contaminação por covid.

“Diante do quadro de calamidade que estamos vivendo em nosso Estado, sem leitos disponíveis na unidade de terapia intensiva (UTI) do único hospital que temos (Hospital Geral de Roraima) sem vacina para todos e sem medicação nos postos de saúde, alguns gestores municipais resolveram brincar com a vida dos trabalhadores municipais realizando reuniões presenciais, mesmo tendo em seu quadro, pessoas do grupo de risco”, diz o documento.

Os trabalhadores da Educação também questionam o que a Prefeitura de Boa Vista pode garantir aos servidores em caso de uma possível infecção e agravação da doença e quem será responsabilizado em caso de algum servidor vir apresentar um caso grave, se a gestão ou a Secretaria Municipal de Educação (SMEC) que está em serviço remoto.
Outro ponto é a falta de equipamentos de proteção individual.

“Onde estão os EPIs comprados com recurso do Fundeb que ainda não foram distribuídos? Por que as reuniões não podem ser virtuais? Tendo em vista que os professores passaram o ano de 2020 trabalhando com sua internet e equipamentos, de sua própria casa? Falta valorização da vida nesse momento de calamidade em que vivemos”, reforçou a nota de repúdio.

A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Boa Vista sobre as denúncias e aguarda retorno.

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